sábado, 12 de junho de 2010

Sentidos

Me trouxe até aqui
E agora me deixa
Ou sou eu que me deixo
Levo e vou

Sem dar um motivo
Só com a esperança
Sentimos o fogo arder
Nos consumir , e deixar o pó
Impotentes ficamos
Atônitos, acéfalos
Andamos sonhamos
Com um dia que há de chegar.

Cenas de filme mudo
Em preto e branco
Nos vemos as almas
Becos escuros
Janelas abertas.

Andando nas sombras dos sonhos
Não nos deixamos molhar
Vivendo na sombra da vida
Fingimos amar.

A brasa que consome
Se esconde no fim
Grita e cala
E se perde assim.

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